O amanhecer
serpenteia
teia espessa,
desliza pela colcha,
braços e pernas. Entardece
cobrindo rosto e olhos,
tarântula faminta.
Destila
o torpor imóvel do dia,
abre a boca
e o devora
lentamente,
pouco a pouco,
quebrando ossos,
esmagando a noite
Em golfadas, vomita
poças feitas de manhãs e sol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário