terça-feira, 18 de outubro de 2016

DESIDERIUM II

Sob o céu
descobri meu corpo,
e por trás da minha máscara o vento nasceu.

Num rodopio,
braços e pernas
remaram estrelas.

O amor desceu na folhagem do outono
e atravessou meu peito
até o inverno seco dos galhos.

Desenhei a lua
na palma da mão,
estigma gravitacional.


Do meu corpo
o peso já era
conhecido do vento
desde a infância.

Nenhum comentário:

Postar um comentário