Um pássaro ferido
pousou
no ombro de uma criança.
Gentilmente empoleirou-se
leve
com suas cortantes garras de rapina.
Abria as asas e atitava
suavemente,
despejando segredos nas manhãs.
Uma asa pendia
dolorida
quando tentava alçar voo.
A criança corria
velozmente
para o pássaro
em seus ombros
voar.
No desespero de ave
que não voa mais,
olhos vítreos
e bico entreaberto.
ali ficou.
Até hoje.
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