Nuvens plúmbeas prenunciam a chuva
nos lúgubres umbrais dos meus pensamentos.
A morte crocita com seu bico curvilíneo
as trevas áridas dentro do meu crânio.
Um relâmpago clareia minha cabeleira
castanha e branca.
Não há ninguém à porta.
Entreabro as pálpebras em ruflares de cílios flácidos
e entrego o turvo sono a trepidar
junto aos galhos secos das frondosas árvores
lá fora.
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