terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ode ao Nada

Não há palavras
não há enganos

(se um sorriso entornasse manhãs)

Um pouco de sonho
um louco faminto

(ponho um prato de ode ao relento)

Se palavras fossem só palavras
não haveria engano
o universo seria vazio:

um grito
               um tanto
                                   sem termo
      sem meio
                  sem nada
        sem...

Mas há de se fazer sentido
receita de cura
cume mais alto de trilha de pão
sim é sim
não é não

Voam por migalhas
os pássaros
bicos
                                
de pena
o voo
invisível
Num universo vazio

(Luciano Vivacqua)

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