quarta-feira, 27 de março de 2013

Regurgitando

Não necessito de música,
só do branco
vazio do luto.

Abri os olhos turvos
e nada havia,

nada.

Crocitei tinta
das abissais
e à matriz voltei.

Rufei dos versos
penas bastardas,
falácias secas,
quimeras.

Pouco importa se
esganei,
se um hediondo esgar
de bico
soou breve
e comum.

Asas abertas
molhadas de um
negro visco
riscando o voo.

Visão moribunda
de agouro mau:
morto corpo
branco.

E mais

nada.


Nenhum comentário:

Postar um comentário