sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Mensageiro dos Ventos

Li teu silêncio impossível.  Limite
entre corpos invisíveis. Risos
vazios, vícios
em estertores
e sinonímias. Tuas máscaras
urdidas em sinismos
arregalam teus olhos
anfíbios. Mentira,
vil engodo erigido em milênios
de respiração. Isca lançada,
dissimula o dia em sintaxe
forjada em lisonjas frias.
Vi teus cílios de vidro. Sístólicos
tiques na brisa. Balançam,
tilintam nus. Cacos de prisma,
insistem e se quebram
fatigados na luz.


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