Cavaleiro das Montanhas
Arqueologia de mim mesmo.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
Décor
Deixei o tempo consumir o tempo,
o silêncio desbotar o azul
das paredes. A palavra não dita
inundar de cadáveres a sala. A cólera
amanheceu à mesa, tinta invisível,
escorrendo pelos cantos,
supurando o olhar imóvel
do relógio.
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