Dizer
o indizível
é
suportar a dor
das
unhas que pomos
nas
palavras,
qual
pomos que tombam ,
noturnos,
onde
não somos,
mas
suspeitamos;
dizer
as cores
com
as consoantes
ou
insetos
que
nos perturbam
o
sono;
dizer
como aves que grasnam,
com
a dissonância
da
glote
quando
deglutem palavras.
Dizer
o indizível
e
suportá-lo
é ainda
mais difícil,
pois
como alvos na linha de tiro
nos
pomos.
(Luciano
Vivacqua)

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