quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Memória da Cidade

Chega a hora
em que a despedida
é silêncio

Aglutinamos vertiginosamente
no ralo
caldo do instante

A cidade muda
rememora
o cheiro:
alegrias & tristezas

Mas por que o estrondo  da noite
a vioência da ausência
do que desaparece
arquiteta outro ser
tão vivo
e tão inútil?

Adeus silenciosos
são tão ocos
e suas sombras inacabadas
arranham o céu
qual lápides imensas
de gerações passadas

Aquela rua não é mais a minha
aquela placa mudou
a direção

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